Eu, escritora...

Professora, Doutora em Políticas Públicas e Autora do livro

"Eu Mulher Negra Escrevo"

Bom dia com poesia linktr.ee/LiteraturaFeminina

EU, MULHER NEGRA ESCREVO

Acredito, o primeiro livro de poesias ninguém esquece. Pode até não saber qual foi o primeiro poema escrito, as circunstâncias, o tempo, nada mais é importante. Importa iniciar o caminho, dar os primeiros passos.

Neste livro, reúnem-se poemas desde minha adolescência, como suspiros profundos de quem contempla o presente incerto e o futuro tão próximo.

As palavras me seduzem, talvez mais que os sentimentos por elas manifestos. Por isso, os poemas são sem títulos, eles são o gozo manifesto do escrever.

páginas:32 - 14 cm, Ed. 2018

"Há muitos a quem agradecer e homenagear.

Porém, dedico este livro à minha avó materna, Belmira da Silva Carmo, com quem aprendi a gostar de ouvir histórias; às minhas tias paternas, Maria de Lourdes Matias e Maria Aparecida Matias Batista, às quais foi negado, na infância, o direito de estudar.

A elas e a tantas outras mulheres, visíveis nas materialidades de nossas conquistas, minha gratidão."

Outras publicações...

Escritoras Negras II As Marcas

Esta obra homenageia a escritora Maria Firmino dos Reis por ser o marco que aponta à literatura feminina negra no Brasil, mostrando que a intelectualidade feminina negra está presente em nossa história há anos, precisando apenas ser reconhecida como tal.

Participação com o poema PRETA MARIA - RÉGIA OUSADIA ESCRITA em homenagem a Maria Firmina dos Reis

Páginas: 127, Ed. 2021

"Mulher negra

Ousadia escrita

Doces águas

Seduz

[...]

Luz Negra

Guia o caminho

Na voz/escrita preta

Marias

Firminas

Carolinas "

CAROLINAS – A NOVA GERAÇÃO DE ESCRITORAS NEGRAS BRASILEIRAS

A obra e a vida de Carolina Maria de Jesus (1914-1977) foram o ponto de partida do processo de formação pela Flup – Festa Literária das Periferias – das 180 mulheres que escrevem neste livro. Inspiradas na autora de Quarto de despejo, a primeira mulher negra brasileira a fazer sucesso internacional no meio literário, trilharam os caminhos do conto, da crônica, do diário e do relato autobiográfico em busca de suas próprias vozes como escritoras.

“Carolina Maria de Jesus inaugura uma linha matricial, de mulheres negras, de mulheres pobres, na literatura brasileira. Determinadas épocas e alguns autores criam uma tradicão literaria; um processo de criação que influencia, que guia uma outra geração. Vi pouquíssimas vezes estudos literários que colocam Carolina como criadora de uma tradição literária, mas ela criou. Quando a gente diz isso é porque outras mulheres, inclusive de outros países na América Latina, escreveram influenciadas pelo texto de Carolina.”

Conceição Evaristo

Onde você pode adquirir e obter mais informações sobre este livro:

https://bazardotempo.com.br/loja/

https://www.flup.net.br/flup-2020

Segue um trecho da minha participação...

Longe de mim

"Janeiro de 1984, aeroporto Internacional do Galeão, destino Universidade da Guyana, Georgetow, Guyana.

Eu, Rebeca, a professora, apaixonada por João.

Desde outubro de 1983, minha vida era à espera de uma nova carta ou ao toque do telefone.

Tirim, tirim, levantei e corri ... minha mãe atendeu.

Rebeca é pra você.

Lembrei, ele em Berlim, ele fala rápido, ele pergunta, ele responde

Ouvi encantada, lembrei do primeiro cartão postal, li cada uma da palavras como carícias.

Meu coração em dueto com a voz de Milton Nascimento, Caçador de mim."